A menina e o milênio

Milênio final
Talvez nem um tanto normal
Para aquela menina
Com outra melanina

A menina mal sabia
Que no futuro escreveria
Metáforas de sonhos
E histórias sem ganhos

Ela tinha medos e anseios
Os guardava em silêncios
E os mantinha em segredos
Não sabe do que eram feitos

Em cores corais
E na tempestade um arco-íris
Antes não vista pelos normais
Agora vista na propria iris

E assim, aos poucos construiu
Um império só dela
Estando em seu quarto
De tintura amarelado

Não destruiu suas memórias
Porque virassem a ser boas histórias
Que ninguém as sentiu
Mas so de ler já viu ou ouviu

E nesse milênio
A menina está viva
E nesse decênio
A literatura está ativa



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