O conto de fadas sem regras:

 

Para Evangeline não há mais nenhuma explicação. E não há regras num mundo juvenil e, gostava de ler temas voltados à sociedade e decidiu ler os contos de fadas em livros e filmes.

Não existe o vilão quando você tem os dois espectros. A bondade e a maldade existem em cada um de nós.

Ela pensava quando lia as velhas histórias de princesas que eram rivalizadas com as madrastas ou bruxas.

E por quê?

Ela se questionava porque as princesas tinham que esperar o príncipe encantado. E serem salvas por ele. Talvez ela estivesse mais próxima da Moana ou da Mérida.

Eva não estava à espera de ninguém, pois, ela mesma se encontrava e poderia se salvar.

Ela só queria ser amiga das princesas e das bruxas, sem ter ninguém para escolher torcer para que fosse feliz no final. Não gostaria mais de nenhuma rivalidade e se perguntava porque os filmes não mostravam homens também como vilões assim como na Anastasia? Ela sabia que a Tiana tinha um vilão no filme, mas que na maioria do seu conto de fada ela continuava a ser uma sapa. E ela também pensou que a maioria dos contos fora escritos por homens e eles tentavam se representar na maneira mais áurea e angelical, o que incluía um estereótipo masculino que sempre tentava ser forte.

Ela também refletiu que na época em que foram escritos, não existiam leis, nem sequer nada para a proteção de crianças e mulheres e talvez, aquelas mulheres, sentiam-se mais vulneráveis à violência. O que resultava em perigo tudo e todos a sua volta.

E talvez as regras dos contos de fadas atuais e modernizados era para que as regras não houvesse. E que todas as convenções narrativas que estivéssemos acostumadas a ler, pudessem ser transformadas a não tê-las.

E que talvez, o grande vilão mesmo para as regras dos contos de fadas é a vida.

E que contemplar pode ser o melhor fascínio, mas que não pode ser a regra. Afinal, Eva só quer um conto de fadas que não exista regras.

E quando tudo isso é fantástico, não se precisa delas.

mm's

xoxo.